Sabe quando a gente faz algo por puro impulso, sem pensar direito?
Recebi uma ligação do meu amigo Ricardo, me convidando para participar de uma prova de revezamento na modalidade MTB XC que seria realizada em Indaial sob organização da Assiclo.
Ultimamente ando meio bobo e tenho topado qualquer coisa que envolva correr ou pedalar.
Portanto é claro que aceitei o convite, afinal de contas já fiz algumas provas de MTB, maraton, maraton! MARATON não é XC.
Quem quizer saber a diferença é só me perguntar, agora eu sei direitinho...
Ah, e se alguém quizer saber a composição mineral do solo de Indaial eu também posso dar umas dicas, pois olhei ele bem de perto.
A prova foi realizada em uma chácara muito legal, a organização foi perfeita, fogos de artifício, café colonial, banheiros, ducha, a pista muito bem sinalizada, a recepção super cordial, a um preço de inscrição muito, mais muito barato. R$ 15,00 por pessoa.
Isso mesmo, com direito ao café colonial, (bolos, cucas, doces, café...) e ainda a um jantar (Carreteiro), após a prova. Isso sem falar em troféu para os vencedores e medalhas para todos participantes.
Parabéns Assiclo. Estava tudo nota dez.
Bom, vamos a prova.
A largada foi estilo Le Mans, ou seja, as bikes ficaram na linha de partida e os atletas tinham que correr a pé um trecho que uns 150 metros para largar. (Por mim podia ser uns 5 km, talvez dessa forma meu resultado seria melhor, mais ai seria sacanagem com os outros ciclistas, já seria um duathlon, heheh).
Como já tenho certa manha com a corrida larguei na frente, pulei na bike e disparei, sai bem na foto de largada, “eita” cavalo Paraguaio.
Na primeira subida, 4 me passaram, a prova era trilha pura, e na primeira descida mais radical capotei de forma cinematográfica. Dei um duplo mortal carpado, no hands, no foots, no head, com a bicicleta e literalmente me “esborrachei” no chão, morro abaixo, isso após dar um “ombrada de traz prá frente” em uma pobre arvore; na verdade acho que tudo deve ter sido parecido com um helicóptero caindo no meio de um pinheiral. Coisa feia, parei graças a um cipó cheio de espinhos que grudou nas minhas costas. Ficou bem bonito o desenho...
Mais 4 me passaram enquanto eu estava deitado no barranco tentando entender o que meu pé direito estava fazendo próximo e minha orelha esquerda...
Levantei, sacodi a poeira, nenhum osso quebrado, bike inteira, vamos em frente.
A vontade de desistir era grande, ainda mais quando em pensava que ia ter que passar sei lá quantas vezes mais por aquele mesmo local, mas ai pensei no que diria o Lance Armstrong naquela situação:
- “Desistir não é uma opção”
e pensei:
- Porra Lance, vem andar aqui no meu lugar então! Hehehe.
Segui em frente e recuperei 3 posições até o término da segunda volta, e iniciamos o revezamento, seguimos até o final, cada vez que desci o barranco, foi um Deus Me Acuda, na verdade cada descida foi um derrapagem mais ou menos controlada, não tenho a técnica necessária para andar nesse tipo de terreno, portanto não me senti a vontade durante a prova toda.
Fiquei muito afogado nas duas primeiras voltas, depois começamos a revezar volta a volta, ai foi melhor.
Finalizamos com 10 voltas, em 7º. Lugar. Um resultado muito meia boca.
Foi divertido pelo pessoal que estava presente, o clima da prova foi muito legal, mas realmente não é meu perfil de prova.
Graças a Deus que não me quebrei todo. Só o orgulho saiu ferido, mas isso tem conserto fácil.
Ontem natação ao meio dia e 7km de corrida leve a noite, colocando as idéias em dia.
Abraço.