Oi,
Conforme prometido, sábado tirei os paranhos da MTB e sai para um pedal longo com o Vieira, ao todo formam 104km, de muitas subidas e terra.
Passamos pela região do Baú em Ilhota e fiquei surpreso com a destruição que mais uma vez se abateu sobre aquela localidade.
As pontes que foram reconstruídas após a tragédia de 2008, foram ou muito danificas ou simplesmente volatizadas do local.
Pelo estado das coisas não vejo uma recuperação da região dentro de um médio prazo, aquele lugar esta condenado.
O pedal foi muito legal, a companhia do Vieira já vale qualquer esforço. Fui relativamente bem até os 70km, depois disso senti que faltou um pouco de perna. Mas cheguei legal em casa.
É muito bom fazer de vez em quando um treino de MTB, sair do asfalto. Faz muito bem para a cabeça.
No sábado a noite teve a formatura do meu companheiro de treinos Ricardo, portanto mesmo após os 104 km ainda enfrentei uma mega festa, onde não consegui dispensar umas cervejinhas, fui dormir lá pelas 03:30 da manhã.
No domingo liguei o modo Zumbi, e fiquei mosqueando o dia inteiro sem fazer nada.
Mesmo na fissura fiquei de molho segunda e terça, deixando as canelas darem uma respirada, vamos ver como fica essa pseudo-canelite.
Faz um tempo que não fico sem fazer nada por três dias, é estranho.
A gente acaba criando uma rotina de sempre ter algo para fazer, correr, pedalar, nadar, malhar, e repentinamente o programa é o sofá da sala.
Como as noites ficaram longas.
Assisto TV, leio, ouço música, fico sem fazer nada, e ainda sobra tempo. O corpo esta acostumado com atividade então a seqüela psicológica não demora a aparecer.
- Será que estou destreinando? Será que foi tudo em vão?
Esses são os primeiros questionamentos, em seguida vêm os melhores; Prá que treinar tanto? Afinal de contas, prá que tudo isso? O que eu quero provar?
Estou mergulhado neste meio, focado em treinar, será que não que posso estar tornando-me um daqueles caras chatos?
Que só falam de treinar e coisa e tal?
Ao analisar detalhadamente os últimos tempos, posso concluir que pelo menos uns 80% (deve ser mais) das minhas conversas fora do trabalho são sobre algo envolvendo bike, natação ou corrida.
Então, realmente aconteceu. Tornei-me um chato.
A vida tem que ser mais que isso.
Mas também um pouco disso.
Olhei a minha guitarra jogada no quarto e deu uma puta vontade de juntar a turma e voltar a tocar, desenterrar a banda.
Eu surfava...
A vida vai passando... e a gente trabalhando, trabalhando. É uma contagem regressiva.
- Quer saber? É muita contradição prá minha cabeça.
Hoje, ao meio dia fui prá musculação, meio desmotivado. Vi o pessoal lá nadando. E não senti a mínima vontade de estar lá junto...
Êita !!!!
