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segunda-feira, 30 de maio de 2011

Treino de Domingo - Queima Perna

Olá

O sábado foi recheado de compromissos. Pela manhã, trabalho, a tarde uma festa de aniversario de criança, com direito a muita guloseima. À noite prá fechar a conta, um casamento.
Pelo menos tive a decência de não beber nada alcoólico, pois havia me comprometido a fazer um treino de transição no domingo.

Fui deitar pelas 02:00 da manhã e já as 07:00 estava preparando a bicicleta.
Já no anel viário, para começar fiz 5 km de corrida. Normalmente encontramos a galera toda treinando, porém desta vez não tinha ninguém, o pessoal foi todo para Florianópolis assistir o Iron Man.

A manhã estava bastante fria, porém acabei subestimando a temperatura e logo quando parti para o trecho de bike comecei a sentir frio. O corpo molhado da corrida ficou literalmente gelado na bike.
Antes de terminar a primeira volta encontrei o Mauricio e o Olivio pedalando e juntei com eles.
Fiz 62 km de bike num bom ritmo, destaque para os últimos 15km, onde o Mauricio pirou e imprimiu um ritmo muito forte. Passei bastante trabalho para não ficar para trás e conseqüentemente minhas pernas ficaram literalmente queimando.

Ao voltar para a corrida pude logo constatar o estrago que essa última volta de bike tinha feito em minhas pernas.
Travou tudo.
Fiz apenas 2 km com os músculos das pernas revoltados, berrando para parar.
Assim que parei no carro fui agraciado com uma crise de câimbras que jamais havia sentido antes, nem em provas. Estranhei bastante essa reação.

Fiquei uns 10 minutos lidando com os repuxos, massageando e esticando, mas a coisa realmente estava complicada a ponto de pensar que seria impossível dirigir até em casa.
Finalmente a musculatura de uma folga e consegui ir embora, passei a tarde toda na cama curtindo o dia frio.

É muito gratificante correr e pedalar num dia como foi esse domingo.
Céu azul, nenhuma nuvem, uma manhã realmente muito bonita.
É bom se sentir vivo.

Mais uma vez vejo que não posso deixar a bike muito de lado. O preço a pagar é muito alto. Perde-se o condicionamento muito rápido, e realmente praticar outras atividades complementa, mas de forma alguma substitui um treino especifico.

Vamos em frente, hoje tem natação e tá um friozinho do bom...

Abraço.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Corrida da Comunidade + Treinos


Olá,

Estou um tempo sem postar, a vida tem andando num ritmo tão rápido que mal reparamos como o tempo passa. Lamentável.

Continuo treinando todo dia e atualmente estou dando bastante ênfase para a musculação, (apesar de ser uma modalidade bastante chata) estou fazendo um trabalho dedicado ao fortalecimento muscular.

A natação continua devagar, na verdade estou fazendo só para manter o contato com a água, mas não é minha prioridade no momento.

A bicicleta esta mais devagar ainda, só tenho pedalado nos finais de semana.

Meu foco esta no meu ponto mais fraco: A corrida.

Minhas canelas deram um alivio na dor e investi um pouco mais em treinos longos, andei fazendo 18km esses dias.
O que doeu foi o joelho esquerdo, mas é compreensível, essa distância ainda é bem estranha para mim.

Ontem participei da Corrida da Comunidade, 9km, foi desgastante.
Larguei com a intenção de correr a 04:30/km, marcar o pessoal para ficar entre os 5 primeiros.
Logo nos primeiros km, senti que não estava com aquela bola toda, e com muita dificuldade mantive-me próximo ao ritmo previsto.

A prova acontece num circuito de 1km, que conta com uma leve subidinha por volta dos 400 metros. A cada passada naquele trecho eu sentia mais dificuldades, meu tempo começou a cair alguns segundos volta a volta.

Fui ultrapassado por um atleta de Timbó, tentei ficar na “cola dele”, mas ele abriu uns 20 metros.
Coloquei na cabeça que ia buscar e passei duas voltas me esforçando para alcançá-lo, no km 5 cheguei nele.
Ai foi uma disputa até o final da prova, corremos praticamente lado a lado por mais 4km, sempre um tentando abrir do outro.

Quando faltava uns 200 metros para a chegada, reuni forças para um sprint e consegui chegar na frente.

Sei que no comput final da corrida essa disputa não valeu nada, mas na minha cabeça são essas disputas localizadas dentro da prova é que me fazem encontrar energia para seguir em frente, mesmo quando já penso estar completamente esgotado.

Acabei ficando com a 4ª. colocação, pódio. O ritmo final ficou em 04:39/km, fui um pouco mais lento do que esperava, mas diante das circunstâncias foi um bom resultado.

Ainda não encontrei a resposta, mas foi uma corrida muito desgastante, principalmente psicologicamente.
Minha cabeça foi invadida por pensamentos negativos nos primeiros quilômetros, não sei o por que, mas eu não me sentia confiante, como resultado tive que fazer duas corridas distintas:

Uma mental e uma física.

Como sempre acontece a mais difícil foi à mental.
Em vários momentos pensei que não completaria os 9 km, mas na verdade via que o corpo estava bem, ainda tinha “perna”, porque a cabeça pensava o contrario é que eu não conseguia entender.
Lutava para espantar esses pensamentos me concentrando em respirar direito, fazer uma passada firme, manter a postura...

Cada vez me fico mais convencido que não basta só treinar o corpo. Temos que treinar a mente, e pelo menos para mim isso é bem mais difícil.

Vamos ver se evoluo para a próxima.

Abraço.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Psico-Treino.

Olá,

Este final de semana foi meio esquisito, tinha um monte de coisa prá fazer e ao mesmo tempo eu não estava com aquela vontade toda de fazer alguma coisa.

Em Pomerode, seria realizada mais uma edição da copa Hans Fischer de ciclismo, mas não ando com essa bola toda na bicicleta para enfrentar uma prova desse naipe, ainda mais com morro do meio do caminho.

Também tinha a Corrida do Trabalhador, 8,5km, mas algo me dizia que a organização dessa corrida deixaria à desejar, pelo que soube depois, a mesma foi caótica, o transito sequer foi fechado e os competidores correram espremidos entre o meio fio e os carros. Perigoso. Ainda bem que não fui.

Para compensar, no domingo fiz um bom treino de transição no anel viário norte, ao contrário dos outros finais de semana, não tinha quase ninguém treinando, todo mundo ocupado com a Hans Fischer e com a Volta a Ilha.

Iniciei o treino com 3km de corrida leve, parti para 15 km de bike forte, depois mais 3km de corrida moderada e novamente 15km de bike, fechando o ciclo com 5km de corrida com subidas.

Como fiz todo o treino sozinho tive bastante tempo para colocar meus pensamentos em dia, principalmente durante as corridas, especialmente no último trecho, onde eu já “estava mais prá lá do que prá cá”.

Enquanto percorria esses 5km, sob um sol considerável a cada minuto me convencia mais que correr não passa de uma espécie de auto-flagelação.

Atualmente venho sentindo novas modalidades de dor.
Quando comecei a treinar a pouco mais de um ano, o que doía eram os joelhos.
Dorzinha chata, aparecia as vezes com força, depois sumia como que por mágica, depois tive uma lesão no glúteo (região também conhecida por bunda), fiquei uns 45 dias em recuperação, mas sinto até hoje que não esta 100%.

Quando iniciei os treinos de tiro, visando melhorar minha velocidade, vivia choramingando as pobres panturrilhas (vulgarmente denominadas, batatas da perna).

Agora a bola da vez são as canelas, puts como doem, e as danadinhas ficam latejando a noite na cama, um saco.

Mas por outro lado, correr dá prazer.
Principalmente quando acabamos de correr, por vezes até sinto prazer enquanto corro, mas provavelmente sinto isso pela falta de oxigenação no cérebro, heheh.

Claro que estou falando em correr com desempenho, forçando o corpo, correr na boa é muito bom, gratificante. O sentimento de realização, satisfação após correr é inegável.

Alguns perguntam: Por que correr?
Simples. É sofrido mais vale à pena.

Durante a corrida é como se nossos pecados fossem perdoados, é uma penitência, quase como ajoelhar no milho, só que dói mais.
Quando acabamos de correr é como se alcançássemos a última etapa da contemplação, que é caracterizada pela ausência da dor e pela posse da verdade, como decorrência da integração no espírito do Universo ou no seio da divindade suprema. (Cacete, leia de novo !!!!!)
Tem coisa que dói mais que correr, por exemplo:
- Correr, pedalar e correr novamente e depois ainda pedalar de novo e prá fechar correr mais uma vez.
Terminei o treino meio zonzo com de tanto pensar, na verdade acho que tive um pequeno derrame enquanto corria, tal a quantidade de pensamentos que vazaram da minha cabeça.

Essa foi a parte psicológica do treino, ou seria parte psiquiátrica...tenho minhas dúvidas.
Fisicamente falando, terminei o treino em boas condições!
Hummm, pensando bem, em péssimas condições.

Em casa, após comer feito um leão que se alimente com arroz, verduras e bife, a adrenalina baixou e junto com ela toda minha vontade de permanecer na posição vertical.
Dormi boa parte da tarde e passei o resto do domingo imaginando como seria trabalhar como produtor do programa do Gugu, imagino que provavelmente não deve ser tão cansativo como essa vida de atleta de-meia-idade-em-crise-de-personalidade.

Na manhã desta segunda feira, pulei da cama bastante entusiasmado, imaginando como seria bom o treino de natação programado para o meio dia, mas infelizmente meus hormônios sofreram serias oscilações no período da manhã e acabei trocando o treino por um almoço “solo” no shopping!

Depois de um delicioso Penne á Parisiense, zanzando pelos corredores daquele ambiente consumista, acabei por comprar o livro “Nascido para Correr”.
Quem sabe lendo esse livro, descubra se sou ou não um bom “leitor”
– Ráá ! Pensou que eu fosse dizer corredor!!!!

Dá um desconto gente, é segunda feira!

Abraço.