.

.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Duathlon de Brusque - Relato

Participei neste sábado da primeira etapa do Campeonato Catarinense de Duathlon Terrestre, prova da FETRISC, realizada na cidade de Brusque.


Há três anos atrás fiz minha estreia no mundo multi-esporte nesta prova, então ela tem um significado especial para mim.
Resolvi participar bem em cima da hora, eu realmente não estava bem treinado para essa competição e tinha completa ciência disso.
Estou em recuperação de uma pequena cirurgia, e por consequência tive que dar uma reduzida substancial nos treinos que já andavam meio em baixa ultimamente.
Uma dieta a base de sopa de liquidificador, também não ajudou muito na manutenção de minha condição física.
Então porque fazer essa prova? - A resposta que encontrei foi:
- Porque não fazer?

Minha ultima competição foi o Triathlon Longo de Jurerê, em abril, onde tive um bom desempenho, porém depois desta prova, em 2 anos e meio que venho treinando, resolvi não inscrever-me em nada.
Normalmente termino uma competição e já emendo em outra, assim sempre estou com um compromisso que me estimula a treinar. Desta vez foi diferente. Dei um tempo.
Foi legal, mas é meio perigoso.

Começo a relaxar e isso não é muito bom. Esta foi a razão que encontrei para justificar fazer este duathlon, mesmo não estando devidamente preparado para tal.
Fiz a inscrição no ultimo momento, e só no sábado da prova me dei conta que deste o triathlon de Jurere eu não havia mais pedalado com a contra-relógio, ia ser pedreira...

A largada foi muito forte, o pessoal saiu correndo a toda, quando olhei no garmin, estava correndo à 03:30/km, - opa! Isso não vai dar certo, reduzi a velocidade para 04:10/km.
Antes de fechar o primeiro km, dei uma bobeada e não reparei em que tinha "tartarugas" de sinalização no asfalto, pisei sobre uma delas e torci o pé para valer.
Quase chorei na hora, doeu demais, continuei correndo e mantendo o ritmo, mas com muita dificuldade.

Logo na segunda volta, muitos daqueles atletas que tentaram manter aquele ritmo inicial, começaram a quebrar, alcancei alguns e após 5km, com o pé doendo bastante parti para a perna de 20km de ciclismo.
O primeiro pelotão já ia longe.

Logo alcancei alguns atletas, continuei ultrapassando um ou outro, até alcançar um atleta de Brusque, com quem revezei até o final desta etapa.
Como não venho treinando de forma consistente senti muito no pedal, puxei ao meu limite, chegando a sentir fortes cãimbras nas panturrilhas sempre que pedalava em pé nos retornos.
Mesmo assim buscamos muitos atletas no ciclismo, pelas minhas contas terminei essa etapa em 4o ou 5o na categoria.

Sabia que a dor no pé ia mostrar sua cara com mais força nos 2,5km finais de corrida.
Mais uma transição rápida, e sai para a corrida final.
- Problema! Além da dor no pé, que nesta altura classifico como "animal", minhas panturrilhas resolveram travar. Fiz uns 800 metros correndo torto, até a musculatura soltar novamente.

Não consegui manter o bom ritmo da primeira etapa de corrida, e no km final fui ultrapassado por dois atletas da categoria, dois que eu havia recuperado no ciclismo.
Mas eu estava no meu limite, não tinha forças para acompanhar os dois, fui capenga até o final e terminei a competição na sexta colocação.
Bem cansado...com o pé berrando.

Já em companhia de minha esposa, Juliana, que é meu apoio, torcida e tudo mais, tirei o tênis para ver o estrago.
Uma luxação bem feia, o pé muito inchado e ficando roxo. - Gelo nele.
Voltei para casa descalço, pois nem no tênis o danadinho entrava mais.
Depois no hospital, descobri que quebrei um osso na lateral externa do pé direito, vou ter que imobilizar por um tempo.
Agora, pensando bem, não sei como consegui continuar até o final da competição. O corpo quente inibiu um pouco da dor...

Esse tipo de prova é assim mesmo, ritmo muito intenso, se bobear, já era...é muito rápido.
Fiquei bem contente por ter feito esse duathlon, agora estou motivado para enfrentar outras encrenquinhas.
Nem vou reclamar de nada, ainda bem que não machuquei o tornozelo, em breve devo estar de volta.

Valeu a companhia de meus amigos Juliano Torquato, Alexandre Bailone e Asterio Stolf e Edmilson “Pato Pereira”, todos fazendo pódio.

É Blumenau mostrando sua força!



Abraço a todos e até a próxima.

3 comentários:

  1. Parabéns Ferreira!!!

    Que persistência cara!!! E eu abandonando prova por conta do Calor... putz!

    Parabéns pela GARRA !!!! Cura o pé para fazermos uns longôes juntos ...

    Abs

    Fábio
    www.42afrente@blogspot.com

    ResponderExcluir
  2. Tá doido ! Correr de pé quebrado !
    Assim, PARABÉNS KKKK.

    Arruma isso aí.

    Abraço e melhoras.

    ResponderExcluir
  3. Olá Marcelo, respondi seu recado lá no meu blog.
    Mas que preparo você tem hein? haha
    Fazer trekking para você seria bem tranquilo. Legal os relatos! Impressionante conseguir terminar a prova com o pé quebrado. É muita força de vontade haha.

    Abraços!

    ResponderExcluir